A investigação contou com o auxílio da Interpol e retratou um gravíssimo caso de abuso sexual infantil intrafamiliar. A suspeita é de que o crime venha sendo praticado desde agosto de 2020 pelo pai da vítima.
Os abusos contra a menor eram registrados em vídeos e imagens e posteriormente compartilhados na rede mundial de computadores através da chamada DeepWeb. O material pornográfico era produzido pelos próprios investigados e difundido entre outros usuários da rede.
A Interpol mantém um banco de dados de imagens de abuso sexual infantil, o qual é alimentado por policiais de 61 países membros e pela Europol. O Brasil faz parte dos países autorizados e certificados para a utilização do sistema desde 2009.
Nesse contexto, a Polícia Federal instituiu uma Força Tarefa composta de policiais federais e civis, treinados na referida ferramenta da Interpol, que tem por objetivo a identificação das crianças brasileiras vítimas de abuso.
Salienta-se que o Brasil, como país membro da Interpol, aderiu à resolução 08 da Assembleia Geral da Interpol em 2011, por meio da qual se comprometeu a promover o gerenciamento de material de operações voltadas ao combate ao abuso sexual infanto-juvenil de maneira centrada na vítima.
Os dois presos foram conduzidos à Delegacia da Polícia Federal em Salgueiro, onde foram autuados pelos crimes de Estupro de vulnerável e produção e difusão de pornografia infantil.
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