Com camisetas e carregando cartaz, um grupo de ativistas que luta pela defesa e direitos dos animais em Pernambuco, se concentrou em frente à delegacia para reivindicar a prisão do suspeito. A técnica administrativa, Amélia de Arce, foi uma delas. Ativista há nove anos, ela descreve a indignação com o caso. "A gente trabalha tanto para dar um pouco de dignidade a esses animais que foram abandonados. É revoltante ver uma pessoa fazer algo tão cruel com um ser indefeso. Espero que ele seja punido por cada animal que maltratou e que a justiça seja feita".
Em setembro de 2020, foi sancionada a Lei 1.095/2019, que aumentou a punição para a prática dos crimes de abuso e maus-tratos aos animais. Caso o suspeito seja condenado, poderá pegar de dois a cinco anos de reclusão, além de pagamento de multa e proibição de guarda.
Para a professora de Engenharia Elétrica e ativista, Milde Lira, a lei deve ser cumprida à risca, independente do contexto social de cada indivíduo. "Precisamos fazer as leis serem cumpridas. Lutamos tanto para que essas penas fossem aumentadas, independente de ser uma pessoa que tem bens ou não. Se fosse uma pessoa de rua, já estaria presa", lamenta, ao mesmo tempo em que descreve o cansaço da luta diária pela garantia dos direitos dos animais.
“A gente está sempre batalhando. Tenho amigas precisando de apoio psicológico porque onde a gente vai tem um animal sofrendo. Eu tenho muita dificuldade de ir para a rua porque fico com medo de encontrar um animal sofrendo e não poder fazer nada por ele, visto que já ultrapassei os meus limites”. Milde conta que abriga 30 gatos em seu apartamento e auxilia a irmã a cuidar de outros 20 animais.
DP