A reunião extraordinária do Grupo de Contato Internacional, em nível ministerial, é coordenada pela União Europeia (UE).
Participarão representantes da UE, França, Alemanha, Itália, Holanda, de Portugal, da Espanha, Suécia, do Reino Unido, da Bolívia, Costa Rica, do Equador, México e Uruguai, segundo informações da Presidência uruguaia. Também são esperados delegados da Comunidade do Caribe, composta por 15 Estados-membros e cinco associados.
México e Uruguai defendem o diálogo com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enquanto Brasil, a maioria dos integrantes do Grupo de Lima, várias nações da Europa e os Estados Unidos reconhecem como legítimo o interino Juan Guaidó.
Ontem (6), o presidente do Uruguai, Tabaré Vásquez, e o chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, reuniram-se com o ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard. Ele afirmam que o caminho para o fim do impasse é o diálogo entre Maduro e a oposição.
"Este esforço responde ao apelo do secretário-geral da ONU [Organização das Nações Unidas], António Guterres, para apostar no diálogo diante daqueles que negam que tal possibilidade existe", informou em comunicado do Ministério das Relações Exteriores do Uruguai.
Nessa quarta-feira, o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, em viagem aos Estados Unidos, disse não reconhecer a reunião que ocorrerá em Montevidéu.
Rússia
Aliada do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a Rússia lamentou não ter sido convidada para a reunião.
"Esperávamos que a Rússia pudesse participar dos trabalhos que acontecerão hoje em Montevidéu, ao menos como país observador, mas nos disseram que algo assim não estava previsto para ninguém", declarou o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Riabkov, à agência de notícias RIA Novosti.
Riabkov destacou a preocupação de seu país ante as informações de que a reunião não dará tanta atenção a "uma solução entre venezuelanos".
Também alertou para as tentativas "de pressão contra as autoridades legítimas de Caracas".
AFP