"São 197 irmãos cujas vidas foram ceifadas pelo terrorismo golpista, por criminosos. Eles nos mataram", declarou Murillo em sua mensagem diária na mídia oficial. Segundo a polícia, morreram 22 policiais e apenas cinco estudantes desde o início das manifestações, em 18 de abril.
"Que paguem por seus crimes. Estes golpistas assassinaram nossos irmãos", disse Murillo.
O número declarado pela vice-presidente contrasta com os mais de 400 mortos contabilizados por organizações de direitos humanos. Muitos deles seriam estudantes, inclusive a brasileira Raynéia Gabrielle Lima, 30 anos, que estudava medicina.
A vice-presidente declarou que o governo sabe quem liderou, promoveu, financiou e executou o "golpe de estado, esta sangrenta tentativa de deter o bom caminho que trilhava" a Nicarágua.
'Nicarágua vive administrando o medo', diz ex-vice de Ortega
"Mas vencemos, somos livres, não puderam passar e não passarão", disse a mulher de Ortega sobre os manifestantes, que o governo da Nicarágua chama de "direitistas, satânicos, vândalos, delinquentes" e pessoas "diabólicas".
Perseguição a manifestantes
A oposição denunciou na semana passada que o governo tem empreendido uma forte perseguição e prisões ilegais de ativistas e de pessoas que participaram dos protestos. Médicos, inclusive, foram demitidos por proteger manifestantes.
A onda de manifestações começou no dia 18 de abril, com o anúncio de uma reforma na Previdência que intensficou protestos exigindo a saída de Ortega do poder.
G1