De acordo com a Urbana-PE, mudanças virão nos displays dos validadores embarcados nos veículos (maiores que os atuais, instalados em.2003) e no atual aplicativo, que possibilitará a compra direta pelo smartphone do usuário, seguindo este planejamento. Mas é amplo interesse do setor em incentivar a popularização de outros meios de pagamento, mais seguros e eficientes, que reduzam a dependência de mão de obra, está em alta e tema do primeiro painel de ontem, “Sistema de pagamento e novos negócios”, durante no Seminário Nacional NTU 2018, na Feira Latino americana de Transportes, em São Paulo.
Tirar o dinheiro definitivamente de dentro dos ônibus não é um objetivo apenas das empresas que formam o setor de transporte coletivo público de passageiros no País: mobiliza também as áreas de tecnologia e financeira. Essa se interessa pelo “desafio” por causa do volume da demanda já existente e pelo que ainda se pode alcançar; o tíquete médio (o valor unitário da passagem) se torna um detalhe diante desse potencial, tão grande que está nos olhos de gigantes como Visa e Master (com implantação de cartões de débito que possam ser diretamente utilizados pelos passageiros dos coletivos), além da Google, Samsung e Apple (com seus serviços “pay”).
Um piloto desse cartão já está em teste na cidade de Jundiaí, interior do estado de São Paulo. De acordo com a Urbana-PE, ainda não há previsão para se implantar essas novas alternativas na RMR, mas já é perceptível, pela mudança de comportamento ano a ano, que o usuário tende a optar por meios mais seguros, como o VEM, e abandone o pagamento em dinheiro. Aliás, seguindo uma tendência já observada em outros sistemas de transporte coletivo no Brasil, as receitas em dinheiro vivo sequer justificam o posto do cobrador quando se observa apurado x custos.
A Urbana-PE garante que esses funcionários não são demitidos, mas alocados em outras funções. Representantes da área de tecnologia, durante o painel do evento da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano), disseram que “melhorar a experiência de pagamento modificará totalmente um segmento”, como já se vê no Recife e em outras metrópoles brasileiras.
Na RMR, o modelo atual de bilhetagem do VEM começou em 2009, mas faz apenas dois anos que a passagem de papel foi totalmente extinta. Para a Urbana, houve resistência porque o “passe” era usado como moeda em outras transações; já o uso do cartão garante que o recurso creditado será, de fato, usado para bancar o transporte.
FOLHAPE