O delegado informou ainda que o espaço, que funcionava como hotelzinho e reforço escolar, não tinha autorização para funcionar. “A escola não é legalizada. Não tem registro no Conselho Municipal de Educação. Funcionava de forma irregular. Os estabelecimentos do tipo precisam ter”, apontou. “As mães estão chegando ainda, estamos ouvindo. Algumas têm evidências, com relatos semelhantes, de que [as crianças] eram levadas para uma sala no primeiro andar, onde os abusos aconteciam. Tem um padrão”, contou. “A primeira criança é quem tem o relato mais forte, com dores na região genital.”
Ainda de acordo com o delegado, ele já recebeu informações de que o homem apontado como suspeito não vive mais no local. “Nós vamos chamar a dona do estabelecimento para ouvi-la. O importante agora é desenvolver a linha de investigação. Ouvir todas as mães e aguardar os laudos do IML. Em breve teremos esse material e os relatórios de entrevistas das crianças, que é fundamental.” Depois a polícia irá trabalhar sobre a dinâmica da escola, quem trabalha, quem eram os donos. “Mas já sabemos que ele também trabalhava no local”, apontou Ademir de Oliveira.
Caso os abusos sejam comprovados, o suspeito pode ser condenado por estupro de vulnerável. -“Que é todo ato libidinoso praticado contra pessoas menores de 14 anos de idade”, explicou. De acordo com o Artigo 217 A do Código Penal, a pena varia de 8 a 15 anos.
FOLHAPE