O atendimento tem a participação da oftalmopediatra norte-americana Linda Lawrence, da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos. A médica, especialista em crianças com problemas neurológicos, veio para investigar os casos e ajudar a identificar meios que possam aumentar a qualidade de vida das crianças.
“A ideia é identificar como a criança está usando a visão para os hábitos de vida diários e como podemos diminuir o estrabismo”, explica a oftalmopediatra.
Desde o chamado “boom da microcefalia” em Pernambuco, entre 2015 e 2016, esta é a primeira vez que os médicos estudam isoladamente os casos de estrabismo. A proposta do atendimento é saber quais os casos têm sido corrigidos com a ajuda dos óculos e quais pacientes precisam de cirurgia.
“Em algumas crianças que avaliamos na terça [31], pudemos comprovar cientificamente a melhora das crianças que estão usando óculos. Várias, inclusive, tiveram diminuição do estrabismo”, afirma a vice-presidente da FAV, a médica Liana Ventura.
Doação de óculos
Em abril de 2016 e em maio de 2017, crianças com microcefalia receberam doações de óculos por meio de servidores da Secretaria Estadual de Saúde e da própria Fundação Altino Ventura. Os objetos foram doados após os médicos constatarem que os problemas de visão acometiam 45 de 150 crianças que foram examinadas em 2016.
G1PE