Carlos e Jemima foram absolvidos de outras acusações em um tribunal em Houston, Texas (sul dos Estados Unidos).
O juiz disse que ainda analisará uma petição da defesa de anular a decisão do júri e absolver o casal de todas as acusações, segundo o "Houston Chronicle". Este tipo de anulação, no entanto, raramente é concedida.
Os Guimarães foram presos em fevereiro quando chegaram a Miami de férias. Eles foram acusados de colaborar com o sequestro de seu neto, há cinco anos.
Após se separar do marido, a filha do casal, Marcelle Guimarães, viajou em 2013 ao Brasil, prometendo que voltaria, mas obteve a custódia total na Justiça brasileira. Desde então o pai, Chris Brann, tenta, sem sucesso, recuperá-la.
Brann é um médico americano que vive em Houston e levou o caso ao Congresso americano, onde pediu para Washington impor sanções ao Brasil por descumprir a convenção de Haia sobre o sequestro internacional de menores.
Espera-se que o casal sexagenário seja condenado dentro de dois ou três meses, se o veredito for mantido. Eles receberão pena máxima de três anos de prisão.
Durante o julgamento, o casal apresentou indícios de que a mãe do menino estava fugindo de violência doméstica, segundo informou a imprensa local.
"Estamos abatidos", disse à emissora KHOU-TV o advogado dos Guimarães, Rusty Hardin, fora do tribunal.
Um caso similar provocou a aprovação, em 2014, da Lei Sean Goldman, um menino que tinha sido levado ao Brasil pela mãe. A norma autoriza Washington a tomar medidas quando outro país se negar a devolver crianças americanas sequestradas.
Sean Goldman voltou aos Estados Unidos em 2009 por força da Convenção de Haia, cinco anos depois de ter sido separado de seu pai.
G1PE