Josival Costa, motorista há 23 anos, afirma que o movimento é independente e não tem a presença do Sindicato dos Rodoviários. Eles inclusive não descartam outras paralisações durante o dia e até o fim da semana. Com faixas, os rodoviários também cobram a redução do preço do óleo diesel, em apoio à paralisação dos caminhoneiros.
"Os rodoviários brasileiros decidiram apoiar a greve dos caminhoneiros. É uma mobilização nacional que também luta pelas causas da categoria, como o dissídio coletivo de 2017, que ainda não foi aprovado. Ganhamos 6% de reajuste no salário e 8% no ticket. Os patrões recorreram ao TST e até agora continua esse impasse", reclamou.
O próximo dissídio deverá ser votado em 1º de julho. Josival acrescenta que os trabalhadores expõem transtornos que as empresas estariam causando aos seus empregados. "O rodoviário então ficou revoltado e resolveu dar esse apoio a essa mobilização. O sindicato é omisso e a categoria não se sente representada. Não passam informações e nem lutam pela categoria. Não representam de forma nenhuma", disparou.
Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Benílson Custódio, em entrevista ao "Jota Ferreira Agora", da Rádio Folha FM, os manifestantes fazem oposição ao sindicato. "O protesto é referente ao dissídio do ano passado, que se encontra em Brasília. O advogado concluiu o processo e o enviou para votação e agora cabe ao ministro relator a decisão do encaminhamento da pauta, que deve ser votada no próximo mês", afirmou Benílson.
Alguns ônibus ainda seguem pela rua do Sol, mas outros retornam da rua Princesa Isabel para a rua da Aurora e seguem viagem. Muitos passageiros deixam os coletivos e seguem a pé.
FOLHAPE